Saiba como lidar com a bronquiolite e demais doenças respiratórias
maio 21, 2024Normalmente os pais ficam de cabelos em pé quando surge uma febre. “O que será que vem agora?” Será um simples resfriado ou algo mais sério?
Antes de mais nada é preciso entender o que é a febre. A febre é a aferição da temperatura maior ou igual a 37,8C no termômetro AXILAR, ou seja, use o termômetro próprio para axila e não aquelas de testa!
Lembre-se de que a febre é uma forma do organismo combater algo que não vai bem. O ideal é observar sempre a criança e medicar somente se a febre causar desconforto para a criança, ou seja, não se alimenta nem quer brincar ou ainda, não consegue dormir.
Antes de medicar, opte por dar um banho morno, faça compressas de água fria e capriche na hidratação. É importante saber que a febre, dependendo da doença, pode se prolongar por vários dias. A gente costuma recomendar procurar uma avaliação médica após 72 horas de febre quando a criança está bem, pois em alguns casos no primeiro dia de febre os sintomas ainda são ausentes ou muito leves. Mas se a criança não estiver bem, vale a avaliação logo cedo.
Sempre bom reforçar: as crianças (adultos também) tendem a não ficar bem no momento da febre mas recuperam seu estado geral após a melhora da temperatura. Se não recuperar, converse com seu pediatra!
Atenção com febre em recém-nascido!
Bebês menores de 30 dias, devem ser avaliados SEMPRE quando algum episódio de febre e geralmente devem procurar pronto socorro para coleta de exames.
E se a febre voltar antes do horário de medicar de novo?
Normalmente os antitérmicos são administrados a cada 6 horas. Em alguns casos, a febre volta antes deste período. E o que fazer? Existe, sim, a possibilidade de intercalar um medicamento com outro diferente, mas é claro, sempre com orientação de algum profissional.
Na dúvida, converse com o pediatra e evite a automedicação.
E se ele não quiser comer?
Quando a criança fica doente, é comum o apetite diminuir. Lembra a última vez que você ficou doente? A gente quer descansar e geralmente fica sem fome.
Se seu filho ainda mama, ofereça o peito com mais frequência e, o mais importante: não force seu filho a comer se ele não quer (estando doente ou não). Quando estiver com febre, capriche na hidratação (principalmente a água).
É muito comum a criança não querer comer quando está com febre, por isso, espere passar para ofertar alimentos. Busque opções que seu filho gosta e aceita normalmente, como frutas, caldos, etc. Evite dar doces e ultraprocessados só porque “ele precisa comer”. Hoje ele não comeu, mas amanhã será um dia melhor! Nosso corpo estoca energia para esses momentos. Após a doença eles recuperam esses dias de má aceitação dos alimentos.
E a convulsão febril?
A convulsão febril acontece, como o próprio nome diz, quando a criança tem febre. Normalmente, nessas crises, a criança tem rigidez de movimentos e alguns movimentos súbitos, o que pode deixar os pais em pânico. A criança geralmente tem predisposição genética para a convulsão febril. Ou seja, nem todo criança com febre vai evoluir para as crises convulsivas. A gente sabe também que não é só temperaturas muito elevadas mas uma velocidade de aumento de temperatura rápido demais.
É importante saber que as convulsões não causam prejuízos à saúde da criança, mas é preciso ficar atento ao que causa a febre que leva à convulsão e, é claro, investigar se a criança tem uma doença relacionada.
Nunca dê por conta própria medicamentos, principalmente os anticonvulsivantes. Deve-se procurar o pronto socorro para ser avaliada o mais rápido possível. As convulsões febris tendem a cessar com o crescimento da criança. Mas, algumas vão precisar de uma acompanhamento com o neurologista.